segunda-feira, 20 de abril de 2009

INTELIGENCIA MULTIPLAS

UNEB – UNIÃO EDUCACIONAL DE BRASÍLIA
Curso: Administração com habilitação em Administração Hospitalar
Disciplina: Administração de Recursos Humanos 1 (ARH 1)
Professora: Ana Maria









INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Silvano Assunção e Silva Júnior








Brasília, Abril de 2009
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Em uma perspectiva mais ampla, a inteligência está associada à aptidão de organizar comportamentos, descobrir valores, inventar projetos, mantê-los, ser capaz de libertar-se do determinismo da situação, solucionar problemas e analisá-los. Conceber a inteligência desse modo implica em pensá-la não como uma combinação apenas de competências lingüísticas e lógico-matemáticas, que têm sido a base da escola tradicional, mas de várias competências, chamadas de inteligências que podem ser melhor entendidas quando associamos a ela a imagem de espectro de competências.
A avaliação da inteligência vem sendo feita através dos testes de QI. – Coeficiente de Inteligência - com a finalidade de “medir” o progresso dos alunos e perceber suas aptidões intelectuais. Estudiosos acreditam que a inteligência poderia ser medida através da aplicação de uma bateria de testes que avaliam habilidades das respostas dadas pelo indivíduo, divididas pela idade cronológica e comparadas aos coeficientes de uma tabela padrão, chegando-se assim, a uma avaliação de sua inteligência cognitiva.
O psicólogo Gardner comprovou que a multiplicidade das inteligências pode ser constatada pela observação da mente humana, ao acompanhar o desempenho profissional de alunos considerados relativamente fracos no rendimento escolar, surpreendendo-se com o sucesso atingido por muitos, passando a questionar os critérios de avaliação acadêmica, formulados pelo QI. e deduzindo que as práticas escolares privilegiavam a capacidade verbal e a lógica matemática dentro da concepção vigente de inteligência. Desenvolveu então a teoria das múltiplas inteligências, onde foram identificadas sete modalidades: lógico-matemática, verbal, espacial, interpessoal, intrapessoal, artístico-musical, corporal e a naturalista.
Golleman (1995) comprovou a impossibilidade de medição das inteligências por um teste único e propôs um novo paradigma, em que ocorra uma harmonia entre a cabeça e o coração, ou seja, entre o cérebro pensante, racional e o cérebro emocional. A sintonia emocional é necessária para manter boas relações, pois “sentir e pensar são coisas, portanto, que estão interligadas.
Antunes (1999), por sua vez entende que a inteligência pode ser concebida como uma capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários
Assim sendo Gardner (1994) destaca que a inteligência lingüística está relacionada às linguagens faladas, significados e relações entre palavras. Sendo confirmada por Antunes (1999), que a inteligência está muito presente no orador, no escritor, no poeta e no compositor, que trabalham com muita criatividade na elaboração de imagens com palavras e com a linguagem de maneira geral.
A inteligência lingüística ou verbal se associa a fala e se manifesta de forma extremamente desenvolvida em escritores, poetas, professores e oradores. As pessoas que possuem o espectro dessa inteligência de forma mais acentuada se expressam com extrema clareza e constroem sintaxes com facilidade e perfeição.
A inteligência lógico-matemática está associada a simbologia dos números e sinais usados em matemática e se manifesta de forma muito clara em físicos, engenheiros e matemáticos. As pessoas que se destacam pelo espectro altamente desenvolvido dessa inteligência constroem equações com extrema facilidade e percebem na linguagem numérica uma forma universal de comunicação.
A inteligência espacial está ligada a capacidade de se perceber, fora do plano material, objetos e eventos e, assim, associa-se a criatividade e especialidade. Presente em projetistas e arquitetos é também marcante em marinheiros, motoristas de táxi e outros que localizam espacialmente os lugares.
A inteligência sonora ou musical manifesta-se nas pessoas que extraem elementos múltiplos do som e compreendem sua combinação como verdadeira linguagem.
A inteligência cinestésico-corporal está associada ao movimento e dessa forma se mostrou marcante em atletas, bailarinos, mímicos e outros que fazem de seus movimentos corporais uma forma de linguagem com a qual resolvem dificuldades. A inteligência naturalista está associada a vida natural e vegetal e, por esse motivo, é também conhecida como inteligência ecológica ou biológica.
As inteligências pessoais se dividem em intra e interpessoais. As primeiras ligadas ao autoconhecimento e, portanto, a individualidade e auto-estima e a interpessoal se associando a empatia e capacidade de leitura e compreensão do outro. A primeira muito comum em pessoas que compreendem seus limites e se aceitam, circunscrevendo seus sonhos e sua efetiva possibilidade e a segunda extremamente expressiva em líderes carismáticos.
Os equipamentos cerebrais de uma pessoa se apresentam prontos para a recepção de estímulos desde a vida pré-natal até idades avançadas, mas o efeito desses estímulos para o aperfeiçoamento das atividades do pensamento, percepção sensorial, memória e inteligência variam de acordo com diferentes faixas etárias, destacando-se expressiva abertura dos dois aos seis anos de idade para as inteligências lingüísticas, lógico-matemáticas, espacial, sonora, cinestésico-corporal e naturalista e na faixa dos doze anos para as chamadas inteligências pessoais.
Golleman defende a visão multiplicista da inteligência e revela a importância de se conhecer as habilidades que permitam alargar a compreensão da questão das competências em função da construção de tipos diferentes de inteligência. Diante dessa visão Antunes promove um conjunto de estratégias de ensino baseado na mesma além de uma aula e um professor.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. As Inteligências Múltiplas e Seus Estímulos. 6 ed. Campinas, SP: Papirus, 1999.
GARDNER, Howard.(2000). Inteligência Múltiplas: A teoria na Prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994
GOLLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: A Teoria Revolucionária que Redefine o que é ser Inteligente. 37 ED. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.

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